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Sem aditivo animal: Como identificar um bom vinho vegano

E quando surge a dúvida, tomar ou não tomar um vinho vegano e como identificá-lo? Ideal para os que não consomem nenhum produto de origem animal ou consumidores convictos em banir do planeta o consumo animal de nossa cadeia alimentar, o vinho vegano é aquele sem qualquer aditivo animal na produção, mais especificamente no momento de clarificação.


Mas como identificar? Geralmente nos rótulos, apresentam expressões como “não filtrado” ou “métodos de autoclarificação natural”, indicando que o vinho não teve contato com ingredientes de origem animal. Fique atento, a clara de ovo é aceita na clarificação e a alternativa é fazer vinhos com clarificadores que não tenham origem animal. Em quase todas as vinícolas que fazem vinhos adequados para veganos – se usa a bentonita para brancos e rosés. É um pó de argila, de origem mineral, usado para remover as impurezas. A diferença está no momento de clarificação do vinho, processo ao qual é submetido à limpeza e eliminação de impurezas que podem nublá-lo na etapa anterior ao engarrafamento. Mas prestem atenção! A técnica de clarificação é realizada com o uso de vários produtos: albumina de ovo, caseína (proteína derivada do leite), gelatina (obtida da cartilagem do peixe) ou ictiol (obtido da bexiga natatória de alguns peixes).

“Saúde e bem-estar também estão entre as razões para essa mudança de comportamento”.

O vinho vegano Las Mulas, produzido pela vinícola chilena Miguel Torres, tem no rótulo o selo vegano reconhecido mundialmente. A novidade faz parte do comprometimento da vinícola com a sustentabilidade, e chega ao Rio de Janeiro através da importadora e distribuidora Asa Gourmet . Produzido no segundo maior vinhedo orgânico do Chile, os vinhos Las Mulas são originários do Vale do Curicó e 100% de suas uvas são próprias. Encontramos o Las Mulas nas uvas Sauvignon Blanc, Carménère e Cabernet Sauvignon, além do Rosé Reserva.


O enólogo da Miolo, Daniel Siqueira, indica dois terroirs bem distintos, o Espumante vegano Miolo Cuvée Nature, lançado no segundo semestre, e o vinho Reserva Syrah. “O reserva syrah vem do paralelo 8° ao sul do Equador, no meio do semi árido do nordeste. Uma fronteira nova na viticultura mundial, em que o Brasil é pioneiro. É um vinho de corpo médio pra encorpado e de excelente expressão de fruta muito madura e madeira muito integrada. Já o espumante nature é um lançamento, elaborado pelo método tradicional com 18 meses de autolise. 60% pinot noir e 40% chardonnay. A marca Miolo Cuvee foi a primeira marca de espumante da Miolo, sendo essa muito querida por nós. Toda a elaboração deste espumante segue o regulamento da Denominação de Origem Vale dos Vinhedos (1ª DO do Brasil)”, explica o enólogo que indica o selo da The Vegan Society, mais antiga sociedade vegana no mundo, para reconhecimento de qualidade.

Revista Per Vivere Bene

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