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A ciência e a arte por trás da musicoterapia

A ciência e a arte por trás da musicoterapia

Junção entre a psicologia e a música proporciona melhoras na saúde e no bem-estar


Cada vez mais praticada em hospitais, escolas e clínicas, a musicoterapia consiste na aplicação de conceitos musicais dentro do processo terapêutico e na recuperação de pacientes. Se utilizando de produções vocais ou apenas instrumentais, o método é indicado para o tratamento de problemas físicos e psicológicos.


Integrando o Programa Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) do SUS, a musicoterapia tem ação direta em regiões do cérebro ligadas às emoções e ao sistema nervoso, aumentando a produção de endorfina, hormônio ligado ao bem-estar, gerando motivação e afetividade. Como resultado, é percebida uma melhora no humor, no raciocínio lógico, na concentração e na memória, por exemplo. 



Conforme a psicoterapeuta Eunice Ferrari, por mais que seja vista por muitos apenas como diversão, a música tem forte influência no corpo humano. “Os sons estimulam as áreas cerebrais responsáveis pelos movimentos, fala e tomadas de decisão, além de instigar reações químicas e elétricas no corpo”.   


São muitos os casos nos quais a música é indicada no combate a doenças, como a depressão e a ansiedade. Embora seja muito eficaz nessas situações, a terapia musical tem uma área de atuação extremamente ampla, indicada desde 2014 pelo Evidence-Based Medicine no tratamento de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). 


Segundo a pesquisa “Music Therapy Reduces Nauseas and Pain of Patients Undergoing Autologous Hematopoietic Stem Cells Transplantation” da UFPR, realizada em 2022 com pacientes que passaram por transplantes de células-tronco, indivíduos submetidos a abordagens musicais demonstraram uma redução significativa de 78,8% para náuseas e 48,4% para dor.  


Para a cantora Helena Serena, ex-participante do The Voice Brasil, a música desempenha um papel fundamental tanto em suas criações quanto na sua integridade emocional. “Durante a produção do EP RAIZ e de outras criações, pude entrar em contato com um lado mais íntimo de mim. A música me permite compreender melhor algumas emoções e também é uma forma de expressá-las de maneira saudável e controlada”, comenta a cantora.  


Durante seus 54 anos de história, a banda Corpo e Alma pode vivenciar os benefícios que o ritmo cativante da katchaka traz. “Entendemos que nossas músicas cheias de alegria e vida têm um impacto positivo não somente no bem-estar dos ouvintes, mas também em nós mesmos. Sem dúvidas, a música é capaz de curar e trazer alegria aos envolvidos”,  afirma Wagner Schneider, vocalista do grupo. 


Entretanto, por existirem diferentes métodos musicoterapêuticos, indo desde abordagens analíticas até a terapia cognitiva comportamental (TCC), é preciso que haja o acompanhamento adequado de um profissional da área. No Brasil, para exercer a função de musicoterapeuta, é preciso ser bacharel ou pós-graduado no curso de musicoterapia. 

“Apesar de adotar elementos lúdicos, um profissional qualificado é essencial para haver um diagnóstico confiável, possibilitando ao paciente identificar qual abordagem melhor se enquadra a suas necessidades. Dessa forma, é possível desfrutar de todos os benefícios que a técnica tem a oferecer”, explica Eunice Ferrari.



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